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ALEXANDRINA PASSOS JORDÃO

OS INCANSÁVEIS GUERREIROS

Os guerreiros foram convocados, e como soldados, ocupam a linha de frente no campo de batalha em favor da vida. As armas de fogo foram substituídas pelas mãos treinadas que recebem os corpos que travam a batalha contra a morte neste momento da Pandemia.  O que os mobiliza  a prosseguir, na grande maioria, nada tem a ver com política, com as convenções sociais, mas com o compromisso em disponibilizar o saber, assim como a experiência adquirida no lidar com o misterioso corpo humano.

A prontidão é requerida em suas ações, assim como a dedicação do seu tempo, o compromisso com o seu ofício, a qualificação da sua formação, a disponibilidade para transpor os limites que separam o visível do invisível do corpo carregado por histórias de encontros, desencontros, realizações, perdas, alegrias, tristezas, …  Tarefa mais árdua esta dos profissionais da área de saúde! Esquecemos que por trás de todo aparato utilizado pelos profissionais da área de saúde há um homem, uma mulher, há filhos, há famílias, há sonhos, anseios, um corpo. Um corpo vulnerável, assustado, sobrecarregado tão quanto o nosso.

Assusta-me reconhecer o volume de adoecimento dos profissionais da área de saúde, seja nos hospitais privados ou públicos, pelo próprio COVID 19, por depressão, crise de ansiedade, pânico, fadiga generalizada, principalmente, neste período da Pandemia. O que esperar diante desse quadro do serviço a ser prestado? Estarão aptos? Serão capazes de agir, de discernir, de prescrever, de realizar o atendimento com agilidade e presteza, diante de casos que escapem o corriqueiro, ou até mesmo diante dos mais simples? Sei que esta situação nada tem de nova, mas acredito ser este o momento de sairmos da indiferença e da frieza quando não somos nós os expostos e submetidos  à esta contingência diretamente, e aproveitarmos o momento para avaliar e questionar sobre o que possa estar acontecendo com os profissionais da área da saúde e com a própria saúde em nosso país. Não podemos reduzir o que se apresenta na área da saúde ao COVID 19, como muitos acreditam. A Pandemia trouxe com ela mais pressão onde já havia pressão, mais desorganização onde já estava desorganizado, mais despreparo onde já havia a presença do despreparo, mais descaso onde já havia indiferença, mais vulnerabilidade onde já existia fragilidade.

Estou ciente que em toda área do saber há profissionais dedicados e há os que retiraram do exercício da sua profissão o amor, o cuidado, a atenção, o compromisso, a dedicação e o respeito com a vida. São estes os mesmos profissionais que, juntamente com as instituições de saúde, têm transformado a saúde e seu exercício em um grande negócio, em uma organização de poderosos, uma máfia.

O que fazer?

Talvez precisemos começar a rever as crenças e os valores que defendemos ferrenhamente, que têm nos conduzido ao abismo da alienação e da cegueira, colocando-nos como espectadores da própria vida. Continuar a afirmar que o “outro”, seja ele a “instituição”, o “governo”, os políticos, … , são os responsáveis pelo caos que se apresenta na área da saúde, é permanecer  sustentado nas  posturas infantis acusatórias incapazes de mudança e transformação do que hoje se delineia. Seguiremos como cúmplices deste equívoco? Deste faz de conta, a banalizar os descasos existentes? Como considerar natural não ter ao alcance as medicações essenciais para que a vida seja mantida em uma UTI? Como considerar “natural” o condicionamento do serviço a ser prestado em uma instituição de saúde, ao plano de saúde e não à necessidade do paciente em questão? O que aconteceu com o exercício da medicina? Cabe a ela encontrar o caminho que perpetue a vida ou criar os atalhos que nos encaminhem à morte? Talvez tenhamos mais medo de morrer pela falta do atendimento adequado, do que pela doença que nos acomete. Se as instituições de saúde, e uma significativa parte dos profissionais que lá atuam, não são referência de confiança nos momentos de maior vulnerabilidade e fragilidade humana – o adoecer, com o que podemos realmente contar?

Temos salvação? Ou seremos exterminados como os dinossauros foram em sua era, para que uma nova humanidade seja moldada?

Honestamente não sei. Contudo, não desejo finalizar este desabafo sem enaltecer a importância, a diferença que os profissionais dedicados da área de saúde têm realizado diante deste panorama atual. Aos INCANSÁVEIS GUERREIROS meu MUITO OBRIGADA, e o pedido que não esmoreçam diante dos descasos que são testemunhas, do descompromisso dos que podem fazer uma diferença, da inconsciência dos que lidam com o corpo como uma casa desabitada!

Sigamos!

Alexandrina Passos Jordão

alexandrina

O invisível poder do pequeno

Mas será mesmo necessária tamanha ameaça? Será que precisamos continuar alimentando a máxima: aqui se faz, aqui se paga? Ou será que já é tempo de ressignificar a imagem introjetada da severidade do criador, e com maturidade rever nossas escolhas e ações? O que continua a nos instigar viver sob o fio de uma navalha, a desafiar o que nos foi dado - a vida?
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23 de setembro de 2020
http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/o-invisivel-poder.jpg 1080 1920 root http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/alexandrina-marca-2020-02.png root2020-09-23 12:32:002020-12-22 08:05:41O invisível poder do pequeno
alexandrina

Somos todos um?

Movimentos frenéticos, ansiosos, perdidos  diante do inesperado! O que fazer? Por onde seguir? O que acontecerá com a humanidade? Por quanto tempo este afastamento social será necessário? Tudo voltará a ser como sempre foi? Estas são algumas das perguntas lançadas ao vento, na esperança que alguma fonte confiável acalente o desespero que assolada uma grande maioria.
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22 de setembro de 2020
http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/somos-todos-um.jpg 1080 1920 root http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/alexandrina-marca-2020-02.png root2020-09-22 12:41:082020-12-22 08:00:06Somos todos um?
alexandrina

E se eu também morrer?

A atmosfera criada no mundo pela presença da Pandemia, tem nos encaminhado a visitar o território da morte e seus desdobramentos com frequência. E se eu também morrer? Eis a pergunta que parece não calar, quando a incerteza do amanhã se apresenta. Mas no que consiste realmente não poder contar com o amanhã?
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21 de setembro de 2020
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alexandrina

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20 de setembro de 2020
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alexandrina

Amor

Acredito que neste momento já estejamos cientes dos efeitos sobre  nós do toque de recolher, da solidão, mesmo quando acompanhados estamos, do distanciamento social, do excesso de limpeza que nos retira cada gota de umidade necessária aos corpos quando próximos se encontram. Ops! Esqueci que o momento não requer a aproximação dos corpos!
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19 de setembro de 2020
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