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ALEXANDRINA PASSOS JORDÃO

E SE EU TAMBÉM MORRER?

A atmosfera criada no mundo pela presença da Pandemia, tem nos encaminhado a visitar o território da morte e seus desdobramentos com frequência. E se eu também morrer? Eis a pergunta que parece não calar, quando a incerteza do amanhã se apresenta. Mas no que consiste realmente não poder contar com o amanhã? A impossibilidade de planejar, projetar, controlar, mesmo que ilusoriamente, os eventos da vida? Ou de estarmos tão próximos da morte, da desconhecida que nos arrebata da vida sem pedir licença, e nos implica em um processo cuja solidão impera? As costumeiras distrações, as desconexões habituais, a busca frenética por preenchimento, perdem suas respectivas funções no território da morte.  Sim, é uma realidade, contamos apenas com o instante! Se temos um lastro que nos ampara, é o efêmero que o constitui. O NADA é a nossa garantia! O desatino, o tédio, o desespero nada poderão fazer diante desta condição. Talvez a melhor alternativa seja a revisão urgente do castelo de ilusão criado, na tentativa de encobrir nossa inabilidade em lidar com a fragilidade e a fugacidade da vida no corpo, e do quão veloz a vida se apresenta para cada um de nós. Extrair da cartola do instante, a confiança, a alegria, o prazer, parece o desafio do momento!

Na ilusão da vida eterna do corpo, criamos uma complexa rede de máximas e justificativas, que nos tornam reféns de ações, olhares e escutas apartadas do simples, do essencial, das raízes que fincam os pés no agora, e enaltecem os instantes de cada experiência. Será que ainda teimamos em creditar ao “futuro” nossa salvação?

Morte é morte, máxima que se inscreve, cuja descontinuidade do tempo, o ponto final, o silêncio, o vazio, a ausência do corpo imperam. Se pudermos enxergar através do seu olhar, acessaremos uma visão que não separa, que não distingue raça, cor da pele, status social, cultura, conta bancária, … O repertório das identificações que compõe a realidade individual, não é a base do seu funcionamento. Em sua perspectiva somos todos iguais. Infelizmente o olhar da morte em nós ainda é cego, traz com ele confusão e desorientação, já que borra o script que compusemos para sobreviver frente ao medo da nossa finitude.  A morte insulta nossa ilusão de soberania, controle, auto importância, denuncia a fragilidade do corpo, descola o tempo das horas, dos dias, das semanas, dos meses, dos anos! Sua presença transforma o que coletamos em nada, consome os encobrimentos, derrete o “eu” e o “outro”, e insiste em nos encaminhar à reflexão do que estamos a fazer, e como estamos a viver a vida.

O pavor do confronto nos ronda, preferimos ignorar qualquer reflexão que nos encaminhe para dentro e nos revele o quão promiscuamente estamos a viver. O alheamento, a desconsideração, a insensibilidade, a crueldade, a subjugação, são algumas das realidades que adquiriram vida própria e passaram a determinar ações consentidas, através de um código silencioso, entre os seres humanos. Mas, eis que de repente, o COVID 19 nos bate à porta, e, sem alternativas, somos testemunhas da diminuição da distância entre o hoje e o amanhã pela via da morte.  Estamos a navegar na barca das desconhecidas águas do oceano das incertezas! E agora o que fazer?

Se o temor da morte nos gera um transbordar de emoções, por que não buscar uma relação mais íntima com o que nos aproxima do essencial do instante? Pergunto-me o que ainda obstruiu nossa relação com uma vida permeada por gratificações, mais plenitude, alegria, prazer, beleza, delicadeza, ternura, compaixão, parceria, respeito, partilha, …

E se hoje for o meu dia de morrer, reflito sobre o que não tive coragem de semear e, consequentemente, de receber.

E se hoje for também o seu dia de morrer, o que você não poderá mais manter calado e/ou escondido sobre você?

Alexandrina Passos Jordão.

alexandrina

O invisível poder do pequeno

Mas será mesmo necessária tamanha ameaça? Será que precisamos continuar alimentando a máxima: aqui se faz, aqui se paga? Ou será que já é tempo de ressignificar a imagem introjetada da severidade do criador, e com maturidade rever nossas escolhas e ações? O que continua a nos instigar viver sob o fio de uma navalha, a desafiar o que nos foi dado - a vida?
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23 de setembro de 2020
http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/o-invisivel-poder.jpg 1080 1920 root http://www.alexandrinapassosjordao.com.br/wp-content/uploads/2020/09/alexandrina-marca-2020-02.png root2020-09-23 12:32:002020-12-22 08:05:41O invisível poder do pequeno
alexandrina

Somos todos um?

Movimentos frenéticos, ansiosos, perdidos  diante do inesperado! O que fazer? Por onde seguir? O que acontecerá com a humanidade? Por quanto tempo este afastamento social será necessário? Tudo voltará a ser como sempre foi? Estas são algumas das perguntas lançadas ao vento, na esperança que alguma fonte confiável acalente o desespero que assolada uma grande maioria.
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22 de setembro de 2020
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21 de setembro de 2020
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alexandrina

Os incansáveis guerreiros

Os guerreiros foram convocados, e como soldados, ocupam a linha de frente no campo de batalha em favor da vida. As armas de fogo foram substituídas pelas mãos treinadas que recebem os corpos que travam a batalha contra a morte neste momento da Pandemia.
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20 de setembro de 2020
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alexandrina

Amor

Acredito que neste momento já estejamos cientes dos efeitos sobre  nós do toque de recolher, da solidão, mesmo quando acompanhados estamos, do distanciamento social, do excesso de limpeza que nos retira cada gota de umidade necessária aos corpos quando próximos se encontram. Ops! Esqueci que o momento não requer a aproximação dos corpos!
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19 de setembro de 2020
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